terça-feira, 23 de abril de 2013

Escambo: A grande troca por grandes salários

por Thiago Amaral

Não é de se admirar e muito menos uma novidade que possa espantar toda a sociedade a questão que envolve os salários de prefeitos na Zona da Mata mineira, do estado de Minas, e de prefeitos do Brasil inteiro.

Isto é a realidade fragilizada de uma constituição emendada e remendada, que foi então elaborada dentro do que chamaram de processo de redemocratização, nunca conduzido pela massa, mas pelo interesse dos próprios políticos que já avistavam no futuro suas famílias enraizadas nas diversas autarquias municipais espalhadas pelos cantões do Brasil a fora. 
Os cantões não são fiscalizados, são como Brasil era para Portugal, uma colônia. Os vereadores destas cidades são como chefes indígenas responsáveis pela comunicação com o colonizador e vivem do escambo. Olha, o prefeito colonizador vai aprovar o aumento de seus salários e vocês chefes indígenas aprovam o aumento do meu salário. E a população, como os índios comandados por seus chefes, vai sendo exterminada nas enchentes, na fome, na falta de educação, na precariedade da saúde, assistindo a um escambo ordinário, corruptivo, que soma prejuízos inúmeros, com certeza maior do que acumulado pelos índios de 500 anos atrás.

Um escambo que se aproveita do poder, podre, incontrolável e permissivo. Que ainda sustenta no poder os sobrenomes colonizadores que mandam e desmandam nas suas colônias por décadas e mais décadas sem enfrentarem nenhum combate ou resistência. Enfim, estamos em 2013, assistindo um desvio indireto do dinheiro público através da troca de favores, do escambo entre prefeitos e vereadores e aí me pergunto, quando conseguiremos declarar independência a estes bandidos?








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