A Eutanásia sempre foi assunto
em voga nos embates étnicos e religiosos, a respeito do ser correto ou não
abreviar uma vida evitando o sofrimento maior de um acamado e seus familiares. Todavia,
nos deparamos no século vinte e um com uma nova face da eutanásia, deixamos de
discutir religião, para discutir comercio e lucratividade, pois “um produto
velho na prateleira não vende, não dá lucros, tem de ter rotatividade”.
Os hospitais podem se
transformar em verdadeiros “supermercados da vida”, com neocapitalistas
vestidos de branco surgindo quando menos esperamos, com uma história um tanto
quanto macabra como a ocorrida no Hospital Evangélico de Curitiba. Amedrontado
começo a ver um mundo inverso, onde polícia mata e não protege, e a medicina, possivelmente
abreviando vidas ao invés de prolongar.
É claro que, uma generalização
do tema faz-se injusta com a classe médica, contudo, vale apena lembrar
recentes discussões entre planos de saúde, hospitais e médicos, que foram
pautas durante dias nos principais jornais brasileiros, seja pelo descaso com o
atendimento aos pacientes, ou desacordo entre as “empresas médicas”.
É fato que a sociedade e o poder
público não podem tirar os olhos dos leitos de hospitais, afim de não perder o
controle do que pode ser um novo tipo de comércio, perigoso e invisível, a ser
então praticado pelos que se consideram Semideus, mas que na verdade,
escondidos nas entranhas dos hospitais, entre corredores e centro cirúrgicos,
se revelam verdadeiros hitleristas, prontos para matar, desocupar seu leito e
logo lucrar, abrindo vaga para outra desconhecida vítima deste mercado negro.
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